Daniel Augusti Graziano e a expansão dos investimentos sustentáveis no Brasil
Nos últimos anos, o mercado financeiro global tem visto um aumento significativo no interesse por investimentos que levem em conta critérios de sustentabilidade ambiental, social e de governança (ESG).
Daniel Augusti Graziano, que tem uma sólida experiência na administração de carteiras de investimentos, está empenhado em fazer com que a sustentabilidade não seja apenas uma opção no mercado, mas uma parte central das decisões de investimento. “Investir com base em critérios ESG é mais do que uma tendência. É uma necessidade. As empresas que não se adaptarem a essa nova realidade correm o risco de perder relevância no mercado,” afirma Augusti.
Sob sua direção, a R2C Gestora tem ampliado significativamente sua análise em investimentos sustentáveis. Isso inclui desde a avaliação de empresas que adotam práticas ambientais responsáveis até a avaliação de como essas empresas se relacionam com seus stakeholders e gerenciam suas questões internas de governança. Para Augusti, os retornos financeiros não precisam ser sacrificados em nome da sustentabilidade. Pelo contrário, ele acredita que empresas comprometidas com práticas ESG têm maior potencial de gerar valor a longo prazo. “Os investidores estão cada vez mais interessados em empresas que demonstram responsabilidade, e isso se reflete nos retornos. Uma boa governança e responsabilidade social geram confiança e sustentabilidade financeira,” explica.
O mercado de investimentos ESG está em crescimento acelerado, e os números confirmam essa expansão. De acordo com um estudo recente, os ativos globais sob gestão sustentável ultrapassaram a marca de US$ 35 trilhões em 2020, e essa cifra continua a crescer. No Brasil, o mercado ainda está em fase de desenvolvimento, mas Daniel Augusti vê um potencial imenso. “O Brasil tem características únicas que podem torná-lo um líder global em investimentos sustentáveis. Temos uma biodiversidade rica e uma oportunidade real de desenvolver projetos inovadores nas áreas de energia renovável, agricultura sustentável e infraestrutura verde,” afirma.
Entretanto, ele também reconhece que ainda há desafios a serem superados. A regulamentação e a padronização dos critérios ESG, por exemplo, ainda não estão completamente desenvolvidas no Brasil, o que pode dificultar a mensuração do impacto desses investimentos. Mas para Daniel Augusti Graziano, esses obstáculos são apenas uma etapa natural do processo de consolidação do mercado. Ele acredita que, à medida que o setor evolui, as barreiras regulatórias serão superadas, abrindo caminho para um crescimento ainda maior. “Estamos em um ponto de transição. Acredito que, nos próximos anos, veremos um avanço nas políticas públicas e na regulamentação de investimentos ESG, o que vai proporcionar mais segurança e clareza para os investidores,” observa.
Na R2C Gestora, Daniel Augusti tem sido um defensor ativo da integração dos princípios ESG em todas as decisões de investimento. Ele tem promovido a adoção de uma abordagem holística, na qual a análise de risco inclui o impacto ambiental e social das empresas, além de seus fundamentos financeiros. “Não podemos mais pensar apenas nos números. Precisamos avaliar como uma empresa lida com suas responsabilidades sociais e ambientais. Isso se tornou uma parte fundamental da gestão de riscos,” comenta.
Esse compromisso com a sustentabilidade não se limita às carteiras de investimento. Augusti acredita que as empresas de gestão de ativos têm uma responsabilidade adicional de liderar pelo exemplo. “Como gestores de recursos, temos uma influência direta sobre o mercado e devemos usar essa influência para promover mudanças positivas. Isso significa não só investir de forma sustentável, mas também operar de maneira ética e responsável,” afirma.
Olhando para o futuro, Daniel Augusti Graziano está otimista sobre o papel do Brasil no cenário global de investimentos ESG. Ele vê o país como um protagonista em áreas como energia renovável e desenvolvimento sustentável, especialmente em setores como o agronegócio e a infraestrutura. “Temos recursos naturais e uma economia diversificada que nos permitem explorar diferentes oportunidades de investimento sustentável. O desafio é transformar esse potencial em ação,” destaca.
Augusti também acredita que a educação dos investidores será essencial para continuar expandindo o mercado de investimentos sustentáveis no Brasil. “Muitos investidores ainda veem os critérios ESG como algo complementar, quando, na verdade, são fatores centrais para o sucesso a longo prazo. É nosso trabalho, como gestores de investimentos, educar o mercado e mostrar que esses investimentos podem ser rentáveis e responsáveis ao mesmo tempo,” conclui.